A você meu pai
Caminhando a
passos lentos, pela estrada do destino,
Encontrei
pedras que feriram até sangrar,
Senti a chuva e
o vento que estremeciam meu ser.
Senti o suor,
pela face rolar.
Senti sede que
fazia desfalecer.
Senti lagrimas
das profundezas da alma.
Senti falta do
afago carinhoso em minha tez.
E quando já me
esvaindo pelo cansaço,
Encontrei num
pedaço de jornal
Um rosto
cândido e suave, que parecia falar:
"O sofrimento
enobrece, pois se não o conheces",
"Como saberás o
que é amar?"
No sentido
amplo de doação e perdão.
E a partir
daquele momento,
Um novo
sentimento brotou em meu coração.
Era forte como
o mar... Suave como a brisa.
Doce, como o
néctar das flores.
Puro, como o
sorriso inocente.
E assim...
Conhecendo o sofrimento,
Transformei-o
em amor.
Aprendi a te
amar,
Com tuas
virtudes e defeitos,
Pois não cabe a
mim
Julgar a ti meu
PAI!
Possuis
consciência e coração.
E
descobrirás...
Se fostes o
tudo ou o nada,
Se deste a
rosa, ou seus espinhos,
Se destes, o
mel ou o fel.
Faz-se jus ao
coração de teus filhos.
Portanto!
Ofereço-lhe
neste seu dia!
Aquele pedaço
de jornal,
Que encontrei
um certo dia...
Um rosto já
quase esquecido,
Mas que é conhecido, pelo nome de Jesus.
Ana Maria Passos
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