SOLIDÃO DE DUENDES

Enquanto não se cumpre o ditame do destino...

Sofro, mantendo a luz dentro de mim,

Mesmo na noite

A solidão de duendes...

O silêncio o vento, invocam ao beijo

Que não bebi nos teus lábios.

A Lua reflete seu brilho,

Avivando suas opiniões que são minhas,

Um ou dois, são quantos parecem

Aos olhos da alquimia de quem ama.

 Da mocidade

A amargura da cura finda,

Ao ver os ídolos todos nus

Na dura realidade da mente e,

afinal brilha um raio

Que ilumina a cegueira...

E faz, no silêncio de um olhar,

Nos tocarmos...

Sonho o que mortal algum sonharia

Assim, devolvo a paz ao coração

Onde repousa a dor

Que flutua quando surge a tua luz

E desperto radiante

Como a estrela que se ergue em teu olhar.

Brindo, a cada alvorecer e,

Com o sol a despertar-me

Trazendo consigo

O desenho perfeito de teu rosto.

Brindo, em taças o vinho da vida que renasce,

Quando renasço, quando te vejo.

Como a um bailado de luzes multicores,

Quando por pequenos momentos

Estendo minhas mãos

E tua face parece que toco.

Ana Maria Passos